Dr João Paulo Junqueira
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Microagulhamento (IPCA)
O termo microagulhamento se tornou muito comum e até banalizado nos últimos anos e é preciso saber que existem “microagulhamentos” e microagulhamentos. O termo mais adequado é Indução Percutânea de Colágeno com Agulhas (IPCA) e esse procedimento é o que mais produz efeitos por ser padronizado e mais intenso que os microagulhamentos realizados por esteticistas. Isso porque o IPCA é um procedimento médico mais padronizado, intenso e potencializado que pode ser realizado na face, couro cabeludo ou corpo e deve atingir um “end-point” (ponto de parada) com edema (inchaço), eritema (vermelhidão) e orvalho sangrante (micropontos de sangramento) específicos para obter resultados superiores.
O IPCA pode ser indicado para:
– Melasma;
– Cicatrizes de acne;
– Rejuvenescimento e melhora da textura da pele;
– Poros dilatados;
– Alopecias;
– Cicatrizes corporais;
– Estrias;
– Indicações mais recentes como: vitiligo, esclerodermia e outras doenças de pele.
Ele é realizado com anestesia tópica e antissepsia da região a ser aplicado e pode ou não ser associado a um “Drug-Delivery” que é a aplicação imediata de medicação ao fim do procedimento para aproveitar os “furinhos” na pele para uma maior e mais profunda penetração do ativo medicamentoso.
O IPCA pode ser realizado mensalmente em algumas sessões para que os resultados somados sejam muito positivos e satisfatórios.
Principais dúvidas sobre microagulhamento IPCA
O procedimento é realizado em geral com anestesia tópica e menos frequentemente com anestesia injetável. Ambas modalidades para evitar dores significativas. Em geral com a anestesia tópica a maior parte dos pacientes sente apenas um incômodo e completam várias sessões de tratamento sem dificuldades
O maior sinal de que o tratamento não é sofrido é que os pacientes voltam para as próximas sessões.
O microagulhamento IPCA é um procedimento mais potente, por isso sessões mensais em número de 3 a 5 costumas já produzir resultados bem significativos. Mas você já começa a notar início do efeito desde a primeira sessão.
Embora estes tipos de produtos sejam vendidos na internet o uso domiciliar dos rolinhos com microagulhas é muito perigoso.
Primeiro porque tudo que usamos é de uso único e são descartáveis. Os rollers NÃO podem ser reesterilizados nem reutilizados, pois não existem equipamentos capazes de limpar todas agulhas, logo elas ficam contaminadas e podem lhe expor ao risco de infecções.
Além disso as agulhas perdem o corte após a primeira sessão e se reutilizadas elas irão rasgar e machucar a pele ao invés de fazer furos padronizados e pequenos.
E finalmente os produtos vendidos em internet não tem o mesmo padrão de qualidade dos produtos em consultório, pois a qualidade do aço das agulhas de equipamentos médicos é feita com tecnologia microscópica, por isso produzindo furos precisos, finos e padronizados, enquanto os demais equipamentos produzem furos grosseiros, irregulares e microarranhões e microrasgos cujo resultado final é imprevisível.